Home MEDIO AMBIENTE Brasil envia 1.500 bombeiros para combater incêndios na floresta amazônica | Crise...

Brasil envia 1.500 bombeiros para combater incêndios na floresta amazônica | Crise climática

24
0


O governo brasileiro enviou quase 1.500 bombeiros para a Amazônia como o mais seca severa em décadas está transformando a vegetação normalmente úmida da floresta tropical em gravetos e chamas.

Apesar da queda acentuada do desmatamento desde que o presidente Lula assumiu o poder em janeiro de 2023, houve 59 mil incêndios florestais desde o início do ano, o maior número desde 2008, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). para dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial.

A temporada de incêndios excepcionalmente precoce envolveu a cidade de Porto Velho em fumaça, gerando preocupações médicas sobre seus 540.000 moradores que são forçados a respirar ar insalubre.

Forte fumaça cobre Porto Velho, às margens do Rio Madeira, no estado de Rondônia, norte do Brasil. Fotografia: Evaristo Sa/AFP/Getty Images

Os comentadores dizem o habitual “rios voadores” de humidade acima da maior floresta tropical do mundo foram substituídas por colunas de fumaça.

Já ocorreram incêndios devastadores em outro dos grandes biomas do Brasil, o Pantanal, que se tornaram pelo menos quatro vezes mais prováveis ​​e 40% mais intensos devido às alterações climáticas causadas pelo homem. de acordo com um estudo por cientistas internacionais.

A ministra do meio ambiente, Marina Silva, também culpou o aquecimento global causado pelo homem pelas intensas chamas. “Temos visto um agravamento das mudanças climáticas. Tivemos um período de El Niño, mudanças na temperatura de diferentes regiões, aquecimento dos oceanos, uma série de questões que estão agravando os problemas”, disse a ministra.

O governo anunciou na quarta-feira que havia mobilizado 1.489 bombeiros para combater os últimos incêndios. No mês passado, ele disse que mais da metade dos incêndios florestais no norte de Brasil foram extintos ou controlados. Mas com o pico habitual da temporada de incêndios em setembro e outubro, há temores de que a situação possa piorar ainda mais.

Dez estados brasileiros foram afetados. Autoridades federais pediram aos governadores do Pará, Amapá, Roraima, Rondônia e Acre que decretassem a proibição do uso do fogo, que geralmente é feito por fazendeiros para limpar terras. Um sindicato de fazendeiros em Tucumã, Pará, disse ao Guardian que seus membros pararam de usar o método este ano porque estavam alarmados com as condições de seca.

A seca na Bacia Amazônica foi a pior em pelo menos duas décadas. Em julho, a Agência Nacional de Águas e Saneamento declarou uma situação crítica de escassez de água ao longo dos rios Madeira e Purus. Muitas regiões registraram chuvas anormalmente baixas desde o ano passado, quando os dois grandes rios que se cruzam em Manaus, o Solimões (nome dado a partes do alto Amazonas) e o Negro, caíram para seus níveis mais baixos desde que os registros começaram 122 anos atrás.

O impacto sobre as espécies não humanas é incalculável. No Lago Tefé, no ano passado, mais de 100 golfinhos de rio ameaçados de extinção morreram em águas rasas e sujas que tinham aquecido até 39°C. Relatos anedóticos sugerem que plantas, fungos e insetos – que são o núcleo da floresta – também estão sofrendo nas condições anormalmente secas.

Mais de um terço da floresta amazônica está lutando para se recuperar da seca, segundo um estudo recente que alertou para uma “desaceleração crítica” deste ecossistema globalmente importante.

Os sinais de enfraquecimento da resiliência levantaram preocupações de que a maior floresta tropical do mundo — e o maior sumidouro de carbono terrestre — esteja se degradando a um ponto sem retorno após quatro períodos de seca supostamente “únicos em um século” em menos de 20 anos.



Source link

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here