Quase um século depois, num bangalô a três quarteirões das multidões ensolaradas de Rockaway Beach, Nova Iorque, Karen Ingram pinta meticulosamente retratos de flores em uma placa de Petri usando um meio de levedura. Ela chama sua série de “Flores Biogenéticas”: rosas azuis, narcisos amarelos e laranja, tulipas vermelhas, orquídeas rosas, aquilégias, bocas-de-leão, íris, Susans de olhos pretos.
O processo é surpreendentemente complicado. As tintas, embora ricas em vida microbiana, são translúcidas, e Ingram, uma artista e designer profissional, não consegue ver seus traços. Ela adivinha onde colocar seus “pincéis” — cotonetes, palitos de dente e agulhas de biópsia. “Sempre fui pintora. Sempre fiz arte. Mas tive que aprender a trabalhar com esses novos materiais.”