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Quase 200 pessoas morreram no ano passado tentando defender o meio ambiente, segundo relatório | Ativismo ambiental

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Pelo menos 196 pessoas foram mortas no ano passado por defenderem o ambiente, com mais de um terço dos homicídios a ocorrerem em Colômbiamostram novos números.

De ativistas que se manifestaram contra projetos de mineração a comunidades indígenas visadas por grupos do crime organizado, um defensor ambiental foi morto a cada dois dias em 2023, de acordo com um relatório novo relatório pela ONG Global Witness.

Colômbia, BrasilMéxico e Honduras foram os países mais mortais para pessoas que tentavam proteger suas terras e ecossistemas, respondendo por mais de 70% de todos os assassinatos registrados no mundo.

A Global Witness afirmou que muitas vezes era difícil estabelecer um motivo directo para os assassinatos, com muitos a ficarem impunes, mas concluiu que mineração foi o maior fator no ano passado com 25 assassinatos relacionado à indústria.

“À medida que a crise climática acelera, aqueles que usam suas vozes para defender corajosamente nosso planeta são recebidos com violência, intimidação e assassinato. Nossos dados mostram que o número de assassinatos continua alarmantemente alto, uma situação que é simplesmente inaceitável”, disse Laura Furones, autora principal do relatório para a Global Witness.

Dos mortos em 2023, 43% eram de comunidades indígenas. Quase 90% dos mortos eram homens. Os números do ano passado elevam o total de assassinatos registrados para 2.106 desde 2012, quando a Global Witness começou a relatar os dados.

Enquanto o presidente colombiano, Gustavo Petro, prometeu reprimir a violência contra os defensores ambientais, os números sugerem que ele tem sido ineficaz até agora em deter a violência. Dezenas de assassinatos ocorreram no sudoeste do país, onde as comunidades são frequentemente pegas no fogo cruzado da violência relacionada ao tráfico de drogas e cultivo de cocade acordo com o relatório. O governo colombiano não respondeu ao pedido de comentário do Guardian.

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A Global Witness pediu que a Colômbia tenha um foco especial na proteção dos defensores ambientais na Cúpula da Biodiversidade Cop16, que será realizada em Cali, no oeste da Colômbia, em outubro.

Os assassinatos caíram para 25 no Brasil no ano passado, de 34 no ano anterior. Mais da metade dos assassinados eram de comunidades indígenas, com os assassinatos atingindo o pico sob o far-right leader Jair Bolsonaro.

Na Ásia, os países mais mortais foram os FilipinasÍndia e Indonésia, com 17, cinco e três assassinatos, respectivamente, no ano passado.

Juntamente com os assassinatos, o relatório afirma que os desaparecimentos e os raptos de defensores do ambiente são comuns, bem como a criminalização de activistas em todo o mundo.

Nonhle Mbuthuma, ganhador do prêmio Goldman Environmental da África do Sul que escreveu o prefácio do relatório, disse: “Em todos os cantos do globo, aqueles que ousam expor o impacto devastador das indústrias extrativas – desmatamento, poluição e grilagem de terras – são recebidos com violência e intimidação. Isso é especialmente verdadeiro para Povos indígenasque são essenciais na luta contra as alterações climáticas, mas que são desproporcionalmente visadas ano após ano.”



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