Protagonista de Hitman Agente 47 vem trocando disfarces e alvos há 25 anos, mas uma coisa sempre permaneceu constante: seu dublador. David Bateson dublou o Agente 47 desde o início, e em uma entrevista recente com Revista Playele descreveu como tudo começou.
“Eu estava em um estúdio fazendo uma coisa corporativa. E aquele estúdio também estava fazendo os gráficos para o primeiro jogo. Eles realmente interromperam minha sessão. Eles abriram a porta e disseram ‘David! Escute, se você tiver um minuto depois, você poderia entrar e dar uma olhada nos gráficos deste jogo de computador que estamos desenvolvendo? Precisamos de uma voz. Temos um personagem, mas não sabemos como ele deve soar’. Eu disse ‘ok, sim, claro’. Notei uma semelhança impressionante comigo mesmo ali. Era o visual daquele primeiro jogo. Muito tipo Film Noir, sombras longas, como The Third Man. Meu filme favorito é Blade Runner, e ele tinha aquele visual meio Blade Runner, então eu dei uma chance.”
25 anos é muito tempo para interpretar o mesmo papel, e é natural construir uma conexão. É difícil não se tornar protetor em relação ao personagem, observando como ele é recebido pelo público a cada nova parcela. Bateson continua dizendo “Eu realmente vejo o Agente 47, Tobias Rieper, como um amigo muito, muito próximo. Eu me sinto muito protetor com ele. Eu sinto que realmente conheço esse personagem. Depois de tantos anos, tanto os escritores quanto eu meio que crescemos com esse personagem.”
Claro, o Agente 47 não é como muitos outros personagens. Ele foi projetado para ser uma lousa em branco, para se encaixar em qualquer papel ou disfarce em plena luz do dia. A personalidade e a entrega engraçada e seca vêm da familiaridade de Bateson com o personagem e os escritores o construindo em conjunto.
“Então eles estão escrevendo com um conhecimento de como ele diria as coisas, e o que ele diria. E eles também estão me ouvindo, como eu provavelmente daria uma interpretação. Tornou-se uma espécie de sinergia do meu talento de atuação e do talento de escrita deles, que ficou cada vez mais forte.”
Desenvolver um papel não é uma tarefa fácil. Exige que cada membro da equipe traga tudo de si e, em alguns casos, retire memórias antigas para encontrar inspiração para o próximo ponto da trama. Com o Agente 47, Bateson relembra uma antiga memória de infância que o ajudou a ressoar com o personagem.
“Eu me mudei muito quando criança. Fui para nove escolas em 12 anos de escolaridade. Então eu sempre fui o garoto novo que levava uma surra. Eu sempre me senti de fora olhando para dentro, onde todos se conheciam desde que estavam na creche. Eles tinham passado por tudo um do outro. E eu não.”
Bateson passou quase metade da vida com o Agente 47, e isso não é algo que você vê com muita frequência. Com algumas propriedades intelectuais adormecidas por anos, reestruturação da empresa e dubladores indo e vindo, é bom saber que, aonde quer que o Agente 47 vá, Bateson está junto para a viagem.
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