Home DEPORTES Quem é Imane Khelif? A boxeadora argelina desperta debate sobre elegibilidade de...

Quem é Imane Khelif? A boxeadora argelina desperta debate sobre elegibilidade de gênero com vitória controversa nas Olimpíadas de Paris 2024 | Outras notícias esportivas

30
0


Jogos Olímpicos de Paris 2024: Imane Khelif, a boxeadora argelina atualmente sob os holofotes nas Olimpíadas de Paris 2024, se viu no centro de uma controvérsia significativa em torno da elegibilidade de gênero. A luta recente de Khelif intensificou o escrutínio, chamando a atenção para questões mais amplas dentro do esporte e suas estruturas regulatórias.

A vitória controversa de Khelif

Em 1º de agosto, Khelif competiu contra a italiana Angela Carini em uma partida de oitavas de final. A luta terminou abruptamente quando Carini, tendo sido atingida por Khelif com um soco substancial apenas 46 segundos após o início da luta, optou por se retirar. Carini, visivelmente angustiada e em lágrimas, citou o golpe como avassalador, dizendo que nunca havia sofrido um golpe tão forte em sua carreira. Sua saída dramática alimentou discussões sobre a participação de Khelif no evento de boxe feminino.

O envolvimento de Khelif nessa controvérsia não é um acontecimento novo. No ano passado, ela foi desqualificada do Campeonato Mundial Feminino em Nova Déli devido a um teste de elegibilidade de gênero reprovado. Essa desqualificação ocorreu junto com Lin Yu-ting, de Taiwan, que também foi impedida de competir por motivos semelhantes. A Associação Internacional de Boxe (IBA) não especificou os motivos exatos por trás da desqualificação, mas observou que nenhuma das atletas passou por exames de testosterona. Tanto Khelif, 25, quanto Lin, 28, não se identificam como transgênero ou intersexo.

A decisão da IBA gerou confusão e debate. As desqualificações de Khelif e Lin foram anunciadas sem explicações detalhadas, deixando muitas perguntas sem resposta. O caso de Khelif atraiu atenção especial enquanto ela se prepara para lutar novamente em 3 de agosto, com uma vitória potencial garantindo a ela uma medalha de bronze na categoria 66kg e uma chance de competir por honras maiores.

Quem é Imane Khelif?

Imane Khelif, uma jovem de 25 anos de Tiaret, Argélia, não é apenas uma boxeadora, mas também uma embaixadora da UNICEF. Sua jornada no boxe foi marcada pela determinação e resiliência. Apesar da desaprovação inicial de seu pai em relação às mulheres no boxe, Khelif perseguiu sua paixão com o objetivo de inspirar as gerações futuras e ganhar uma medalha de ouro no cenário mundial.

Khelif fez sua estreia profissional no Campeonato Mundial de 2018, onde terminou em 17º. Ela melhorou sua posição no evento de 2019, ficando em 19º. Nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, ela foi eliminada pela irlandesa Kellie Harrington nas quartas de final. No entanto, ela alcançou um sucesso notável nos anos seguintes, ganhando ouro no Campeonato Africano de 2022, nos Jogos do Mediterrâneo e nos Jogos Árabes de 2023.

O Campeonato Mundial de Boxe de 2023 em Nova Déli foi um momento crucial para Khelif. Ela foi desqualificada pelo presidente da IBA, Umar Kremlev, que citou resultados de testes de DNA revelando cromossomos XY como o motivo. Khelif e o Comitê Olímpico Argelino contestaram essa decisão, com alguns relatos sugerindo que altos níveis de testosterona foram a causa. A própria Khelif alegou uma conspiração contra atletas argelinos, argumentando que a desqualificação foi uma tentativa de minar suas chances de ganhar uma medalha de ouro.

A atual controvérsia em torno de sua participação nas Olimpíadas de Paris acrescenta outra camada à sua carreira já complexa. Enquanto se prepara para sua próxima luta, Khelif enfrenta escrutínio e apoio. O Comitê Olímpico Argelino a apoiou, criticando os relatórios e defendendo sua posição. Enquanto isso, algumas figuras proeminentes na comunidade do boxe, como Claressa Shields e Ebanie Bridges, expressaram suas críticas às decisões do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Os eventos de boxe das Olimpíadas de Paris são administrados pela Unidade de Boxe de Paris (PBU), estabelecida pelo Conselho Executivo do COI, marcando uma mudança em relação ao papel anterior da IBA. Essa mudança contribuiu para o debate sobre a justiça e a transparência das políticas de elegibilidade de gênero no boxe.

Enquanto Khelif se prepara para sua próxima luta, todos os olhos estarão voltados para como essa situação se desenrolará e se seu desempenho poderá ajudar a mudar o foco de volta para suas habilidades atléticas, em vez das controvérsias em torno de sua participação.



Source link

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here