Metáfora: ReFantazio marca uma grande mudança para seus desenvolvedores veteranos. Em vez de colocar elementos sobrenaturais sob um cenário moderno com o qual todos estamos familiarizados – como é o caso de Persona e Shin Megami Tensei – o desenvolvedor Atlus está criando um mundo de alta fantasia inteiramente novo, mas a equipe rapidamente percebeu que não precisava ser tão rigoroso em seguir as tradições medievais.
“Ao considerar o que um mundo medieval precisa, quais são os componentes desse cenário, chegamos à conclusão de que na verdade não precisávamos ser tão rigorosos com isso e aquilo”, disse o diretor Katsura Hashino em entrevista ao Bravos jogadores. “O mais importante foi contar a história de Metaphor: ReFantazio.”
Hashino explica que a equipe inicialmente se preocupou com os pequenos detalhes e teve várias discussões sobre coisas como “quanto vidro deveria haver na cidade, considerando que se estivéssemos na época medieval, o vidro teria sido um bem precioso”. Mas, em última análise, o gênero de fantasia abre a porta para praticamente tudo ser possível, então os desenvolvedores da Atlus decidiram criar um mundo que fosse mais adequado para hospedar sua narrativa, em vez de um que retratasse realisticamente uma era histórica.
“Uma das razões pelas quais criamos este tipo de mundo e histórias de fantasia é para confirmar que a realidade em que vivemos não tem de ser sempre a mesma”, continuou. “A razão pela qual não criamos fantasia é porque a realidade nunca mudará. Nós a criamos porque ela mudará.”
Isso está de acordo com os comentários anteriores do diretor do Persona, onde ele disse que criar um cenário de fantasia totalmente novo deu aos desenvolvedores “muita liberdade para explorar”.